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"compositor brasileiro dotado de uma extraordinária originalidade, porque transita com fôlego entre a música popular e erudita, fazendo-lhe a ponte, a união, o enlace".

(Mário de Andrade)

No dia 20 de março de 2013, comemoram-se os 150 anos do nascimento do autor de “Odeon”, “Brejeiro” e “Apanhei-te, cavaquinho”... E nada mais justo do que reverenciar sua memória unindo grandes músicos que continuam revisitando e divulgando o seu legado. O local ideal para este encontro será no estacionamento do CCBB Brasília, levando às novas gerações da região a conhecer a obra desse pioneiro da Música Popular Brasileira.

Ernesto Júlio de Nazareth nasceu na cidade do Rio de Janeiro, precisamente no antigo Morro do Nheco (hoje Morro do Pinto), na região do Porto do Rio de Janeiro, aos 20 de março de 1863. O avô foi dono de trapiche e o pai despachante da Alfândega.

Segundo o Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira, Ernesto está entre os “compositores de maior importância para a cultura brasileira”. Deixou-nos uma obra com 88 tangos (maneira com a qual se grafava o gênero antecessor do “choro”), 41 valsas, 28 polcas e mais hinos, sambas, marchas, quadrilhas, "schottisches", "fox-trots", romances, entre outros gêneros, perfazendo um total de 211 peças.

Com formação clássica, Nazareth ouviu os sons que vinham da rua, produzidos por músicos populares, e os levou para o seu instrumento, dando-lhes roupagem requintada que vem conquistando, até hoje, admiradores no mundo todo. Sua obra é essencialmente instrumental, particularmente dedicada ao piano. Suas composições retrataram o ambiente musical do Rio Antigo, dos saraus, das serestas dos choros, dos terreiros de batuques e jongos, expressando a musicalidade típica da flauta, do violão, do cavaquinho, instrumental característico do choro, gênero revelador da alma brasileira, ou, mais especificamente, do espírito carioca.



Faleceu em 1º de fevereiro de 1934, aos 70 anos, 10 meses e 10 dias.

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